quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Algumas poesias...alguns amores perdidos.....



Eu sou.....( 1979)
Eu sou o palhaço das lágrimas a ele sorrir 
Eu sou a multidão do medo de viver
Eu sou uma pessoa que teve que mentir 
Para não confessar a verdade
Eu sou a vida da vinda da tristeza
Eu sou o povo da fealdade
Que que ser bela
Eu sou a bondade 
Quando se quer a maldade
Eu sou tudo 
Mas eu não sou ninguém
Que sofre feliz
Mais  uma apaixonada
Que diz que tem um amor infeliz
Não pergunte quem sou eu 
Nem eu mesma saberei responder
Me perdoe porque assim que eu sou.....



autora: Isabel van Gurp








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Partida sem adeus

Quando você partiu 

Não disse até logo
Ou um adeus
Nem um simples até amanhã
Com um sorriso de esperança
Que não dizia nem sim e nem tão pouco não 
Você simplesmente foi....
Seu sorriso
Sua voz 

Seu andar 
A lembrança
Seu jeito de menino
Seu jeito de me amar 
Tudo ficou  guardado dentro de mim
Meu coração inquieto

Não querendo acreditar
Que sua ida não haveria volta 
Espero você
Eu escuto seu andar lento
Nas escadas

Da minha casa
Sinto sua presença atrás da porta
Seu cheiro pelos ares
Olho pela janela
Vejo seu sorriso
Com a mesma alegria nos olhos
Corro para ti

Esperando receber seu abraço caliente
Sem explicação 
Mil beijos ardentes
Sua presença é tão forte no meu sonho
Que eu sinto seu toque
Sua voz soa no eco da minha imaginação
Eu ouço eu te amo
No meu pensamento
Murmúrio  seu nome
Digo também te amo
Fecho os olhos 
Como queria sentir seu calor 
Na minha pele
Que ficou fria sem a sua presença
Como eu queria matar esta saudade
Esquecer esses dias lentos sem seu toque
Me envolver neste sonho que você esta voltando para mim.....
Que esses dias sem a sua presença nunca existiram
Arrastando esse pesadelo para bem longe 
Para bem longe de mim

(Esta poesia eu fiz para minha grande amiga Cláudia e o Wagner no dia 17 de Março de 1982 )

autora: Isabel van Gurp

domingo, 11 de setembro de 2011

Eldorado






Tento encontrar em seu destino 
A riqueza que me faz viver
Neste tesouro que é sua vida
E simplesmente todo meu mundo
As lágrimas que rolam na sua face
Enche as  minhas veias de ouro que bombardeiam 
como purpurina até meu coração 
Penetro nos seus olhos verdes 
Que são duas pedras  lapidadas de  esmeraldas  
Que me enlouquece
E atiça toda minha ambição por você
Na sua  beleza singular 
Torna meu sentimento 
Tão sublime e tão nobre
Mas sem nenhuma  vergonha de ser tão possessivo
Egoísta te quero somente para mim
Sigo a viagem no seu corpo em brasa
Derretendo as minhas barras de ouro
Que eu guardei para te entregar
Busco em você o Eldorado perdido 
Para construir a minha vida
Com seus minerais preciosos 
que encontro no seu corpo
Corto suas asas
Fecho o labirinto para não te perder
Te visto de prata
Que no breu 
Você seja resplendente 
Ainda ser mais deslumbrante e puro 
Do que um diamante
Não queira fugir da  minha paixão 
Apesar de louca
E um cristal 
De tão puro 
E inofensivo
O meu Eldorado
E sua felicidade

autora: Isabel van Gurp













terça-feira, 6 de setembro de 2011

SEU OLHAR




Estou morrendo de saudades
Uma saudade já conhecida
Uma saudade que não faz chorar
Mas queima o coração aos poucos
Que deixa o pensamento 
Como se não houvesse presente 
Foge para longe
Enche os olhos 
com imagens lindas, alegres e felizes
Busca no vazio tua presença 
as palavras sábias
Então,
Vem essa saudade que é cruel
Ao mesmo tempo confortante 
Busca  na recordação
Um carinho tão presente 
Lições que no dia a dia 
Eu aprendi 
Teu olhar
Que me seguia 
Em cada canto, 
Em cada esquina
Em cada momento
Como agora
Mesmo sem a tua presença
Seu olhar me segue
Me protege
Me reprime
Me educa
Me conforta
Me censura
Me ajuda ser forte
E  viver
Sem a tua presença
Teus olhos eram tão atentos aos acontecimentos
Que eu não fugia
Sinto ainda este olhar 
Em todas as minhas atitudes
Em todos os meus gestos 
Foi com ele que eu aprendi a ser gente
Viajo no pensamento
Volto a  ser menina
Sinto tuas mãos
Carinhosa na minha face
E sinto teu cheiro
O calor do teu abraço
Ouço a tua voz
Que contava a pela milionésima vez
A mesma história
Da Rapunzel
Tu nunca se importou
De repeti-la toda noite 
Ou talvez era a única 
Que tu sabias contar
Mas não faz mal
Eu sempre dormia antes  do final
E no outro dia seguinte tu começavas a mesma história de novo
Como eu queria voltar a ser menina 
Eu ouvir esta história contada pelo teus lábios
enrolada no teus braços
Como eu queria 
Voltar a ser menina
E não cometer   travessuras, 
Não fazer  mal criação, 
Não falar palavrões,
Que deixavas tu tão zangada
Ia te ouvir mais
Iria falar menos... muito menos
Como eu queria voltar a ser menina
Para comer todas as guloseimas
Até ficar doente eu queria...com febre
Para poder gritar teu nome
Mãe
E tu irias ficar comigo 
Até a febre passar....mãe

autora: Isabel van Gurp

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