quinta-feira, 14 de junho de 2012

Feitiço online



Nos tempos das redes
Fui lançada ao mar
sem saber nadar
Fiquei presa nas fibras
Queria fugir do seu encantamento
Estou presa aos seus feitiços
Meramente delgados
Foi a porção da magia do amor
Que você fez para mim
Nos tempos do face e orkut
Sem saber me embriaguei
Na rede de cerco
Na linha do tempo
Fui capturada numa lançada
Perdi a noção do perigo
Fui pega pela boca
Como um peixe
Em noite de lua cheia
Que prateava o mar
Quando o sol ainda ocultava-se na linha do horizonte
Sem  perceber
Lancei mão de varias contas
Fui lançada aos seus poderes
Esqueci que era a sereia 
Cair na sua rede
Longe dos seus olhos
Que me perseguem
Sem me vê
Aonde quer que eu vá
Sinto  sua fibra
Envolvendo meu corpo 
E minha mente
delgada com uma rede de arrasto
Sinto o cheiro do mar
Do pescador
Escuto sua voz
Em todas as notas
De qualquer mp3
Te vejo pelo youtube
Um filme qualquer
barato 
Que você pós na net
Estou presa na rede de arrasto
Procuro  seu rosto na tela
Sua entrada no msn
Busco suas fotos que estão espalhadas
pelo picasa
Essa paixão me deixa louca
Já não tenho mais chão
E perdi a razão
Fiquei viciada em te encontrar nesse mundo virtual
Perco cada minuto da minha vida
Nesta emboscada
Abro meu correio eletrônico
Na esperança de algum e-mail seu
Ligo  o telefone celular
Esperando seu torpedo 
Eu sei que você esta online
No Facebook ou no orkut
Não me canso de ler seu recados
E mais ainda
Faço o pior dos controles
Faço um novo perfil
Falso para ser sua amiga
Assim posso te vigiar
Morro de ciumes
Quando alguém curte suas fotos
Ou quando você começa uma nova amizade
No orkut ou no face
Procuro saber quem é
Você me enfeitiçou na linha do tempo
Leio todos os seus post's
Na sua  hegemonia
Me entreguei
Nos tempos das redes
Fui lançada ao mar
sem saber nadar


autora: Isabel van Gurp






sexta-feira, 8 de junho de 2012

Sol da minha terra



O sol que brilha na minha terra 
Nasce atrás do horizonte 
Nas águas claras 
Vai desenhando os morros 
Colorindo as favelas com as  suas cores
vermelhas,  amarelas e um toque alaranjado
Vem aos poucos alastrando o céu 
Subindo ao altar como um Deus 
Pintando o oceano 
avermelhando o azul do mar 
Elevando para o lugar mais alto 
Como um Zeus
Aos poucos conquistando 
os morros com suas cores alaranjadas
Espiritualizando o verde dos matos
Alegrando os pássaros
Que cantam com sua chegada
Dando a vida atmosfera
Aquecendo a terra 
Invadindo com seus raios 
as fresta das janelas 
Alastrando-se pelas ruas da minha cidade
Que ainda dorme 
Com anjos
O sol que brilha na minha terra
Não nasce quadrado
Se põe antes da meia noite
Não se assombra com as nuvens negras
Ignora as estações
Nem as paradas 
Com as gotas da chuva brilha
Inventa um arco iris 
Para fazer as notas musicais
No céu da minha terra


autora: Isabel van Gurp









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