sábado, 29 de junho de 2019

Sem tempo

Eu não tenho tempo de ser infeliz
Preciso olhar as rosas
Antes, que elas murchem
Sentir sua fragrância  no ar
Antes que o cheiro se perca entre outros perfumes
Desemboque o aroma no mar

Entre todas as cores e flores
Preciso admirar as dálias
Com suas formas perfeita
De exuberância de cor e beleza
Uma flor adoçante de riqueza

Meu tempo e pouco para ser  infeliz
Escuto os cantos dos pássaros
Orquestra dos assovios no céu
Que o regente  é sol
Em asas e  vôos rasos
A busca de algo
Que eu não entendo o que
E muito menos o por quê
Mas eu admiro só em ver
Suas idas e voltas e  fico
A olhar
Os encontros com as parceiras
O V riscando o azul
Os ninhos sendo feitos em bicos
Que arte maneira
 E, antes que a noite cai na terra
Começa uivar os tambores
Dos bichos
Que tremem, surraram, gritam e cantam
E dizem que encantam como as sereias
Nunca vi
Mas elas existem
Acreditem....

Meu tempo e pouco para ser infeliz
Queria ter mais horas no dia
Para  pode observar  as abelhas
Que polinizam o sexo na flor
E fecundam o gineceu
Gera a natureza
Levando a vida
Com um ato  de magia
Reproduzir em visitas

Sem tempo de ser infeliz
Busco em mim a maior riqueza
Que eu tenho
Que nós temos
Olhar o mundo que eu vivo
E tocar em cada vida o sorriso
Observar que uma simples gota d'água
E luz
Nasce um ser vivo
Uma existência
Uma história
Uma lenda
E o tempo e o único que resta para sermos felizes
E neste mundo
Em todo este esplendor
Que é vida!
E com certeza o amor.


Autora: Isabel van Gurp






















quinta-feira, 13 de junho de 2019

Milagre





No meu ser
Eu sinto a perfeição
Do nosso amor
Um sentimento nobre
Puro e genuíno no coração 
Um milagre
Defino como uma canção
Que corre entre as  nossas veias
Em cada gota de sangue
Doando-se uma vida
Entre outras palavras
Nove meses
Secular na eternidade
Espetacular na amplitude da existência

Da vida

Sinto o coração pulsar
Lateja em musica
Em todas as dores
Flauteando em notas
Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si
Com batidas bombardeando
Em toques
Em chutes
Em sonos
Sol - Lá - Si
Em enjoos
Em desejos
Hormônios
Por ti
Sofrimento no paraíso 
Não existem outras palavras
Para expressar essa orquestra harmônica
Meu corpo deflorando
Em gotas que batem no tamborim
Em todos os sentidos dentro de mim

Em golpes

Em outras palavras
E uma semente
Que penetrou
Borbulhando em terra viva
No meu jardim

Salve Oxalá

Eu sinto o  crescimento
Na minha carne
O nascimento foi n'alma
E a felicidade nas entranhas
E o despertar do meu filho
Me fez sentir imensamente plena 
Digna de um milagre

Bença a Maria

Com esse amor tão sublime
Eu busquei uma palavra
Para definir esse sentimento
Só encontrei uma
Somente uma
Mãe!



Autora: Isabel van Gurp 


Colaboradores