É água que se espalha
Entre os meus lábios
Na flor da minha pele
As dobras a calha

E molha meu corpo
De leve desafoga
As escunas dos porões
A correnteza do rio
E de contra ação
A favor do sentido
As lavas do vulcão
Com suor que transpira
Em alto mar a fio
Na ponte elevada
Que jorra água de um rio
Sem depender da maré

O rio que desce
Cresce e escurecesse
Que queima a pele em vento
Mata virgem
Atormento em lama
Morre a grama
Que não se bebe
Se escama

Oceano abre a boca
Para beber água doce sem afago
Que desce marrom
Engole os soluços do amargo
Água que desce veloz
Que era o Rio doce
Que vá para golfo
Com rastros nas veias atroz
Não evapora em chama
Atmosfera não quer
Tão pesado esse liquido
Corrompido de lodo que é

Dos pecados dos homens
A ganancia faz o doido
Que destrói por si próprio a vida
Mata água que leva ciclo
Ciclo que se ostenta da existência
Da morte
Autora: Isabel van Gurp