sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Amém!




Esta partindo 

Leva a saudade 

Me faça esse favor 

Não deixe nada para trás 

O rancor, ódio e nem tão pouco o sofrimento 

Leve-os

Inclusive meu amor por ti 

Vá se embora sem olhar  para trás 

Pois,  eu vou olhar pra frente 

Buscar no espaço vazio 

O meu eu 

E seguir em frente

Que eu perdi com tempo 

Vou buscar em mim 

Vou me reencontrar 

Eu, sim eu me perdi 

Querendo agradar você 

Em todos os contratempos

Te amando  mais do que eu mesma

Sem reservas, em tempos de guerra 

Fui a luta por você  

Meu amor próprio não existia 

Nem mesmo orgulho, autoestima 

Enfim, nada...melhor só você...só você  

Entre outras palavras

Sem brios  

Eu era sua serva 

Escrava de uma paixão 

Em desafogados rios 

Desesperada me afogando  

Aos poucos me matando 

Por fascínio que pensei que era amor 

A culpa não é sua 

Não! com certeza, não!

Nem isso eu te culpo da minha dor 

Fui eu que te amei mais do que a mim mesma 

Fui eu que  me esqueci 

Fiquei análoga 

Fui eu que deixei te lutar por mim 

Fui eu que deixei te me amar

Enfim,  

Em todos os momentos me entreguei 

Sem medo, sem freios e sem limites 

A minha vida era sua 

Era só para  te fazer feliz 

Como eu poderia fazer alguém feliz? 

Não, é mesmo? 

Se doando sem reservas para uma cólera 

Pensei que era um sentimento 

Que nem me via 

Se aniquilando como gente, como mulher, como ser humano

Eu estava doente 

Eu não existia

Agora, chega!!!! 

Sim, vai embora 

Adeus, adeus, adeus 

Vá,  vai não olhe para trás 

Siga em frente com os seus 

Boa sorte e adeus

Pois, 

Vou me reencontrar 

Ser feliz sendo eu 

Me amando, me adorando 

Sendo fiel a mim mesma 

E, vou dizer todos os dias para mim para resto da minha vida:

- Prometo ser fiel,  me amar  e  me respeitar , na alegria e na tristeza, na saúde, na pobreza e ate a morte 'ou novo amor' que não me separe de mim mesma. Amém!!!!!!





segunda-feira, 22 de julho de 2024

Vamos embora para ontem


 

Vamos embora…vamos 

Eu não sei para onde 

Talvez em algum do passado 

Pra ontem

Que tenham lembranças lindas nossas

Aonde o nosso sorriso era fácil

E o futuro não nos pertencia 

Que tik tok era volátil

E alegria era todos os dias

Vamos embora…vamos 

Buscar no passado o nosso futuro

A nossa esperança

De sonhar juntos momentos de ser nós

Só nós  que um dia fomos 

No nosso ontem 

Aonde a paixão que nos incendiava

Alastrava nos nossos sangue 

Água não apagava o fogo dos nossos corpos

Luz da vela não era tão intensa para brilhar em nossos lençóis

Mas o bastante para acender 

Para irradiar fogo nas nossas camas

Era nós o resplandor 

Pois o que queimava era as entranhas dos nossos toques em brasas  

As nossas almas ardiam juntas no nosso gozo

E o inferno era limite    

A noite entrava pelo dia adentro 

E a lua nos acordava 

Com cantos dos lobos 

Com a chamas da paixão 

Uivava regalia da vida

Inerente dos vagabundos e dos moribundos 

Do amor  sem chão e sem tetos 

Soltos, livres e felizes 

Vamos embora vamos 

Esquecer o presente

E viver intensamente os nossos sonhos 

Que nós transportava para o céu 

Já esquecido no passado 

Nos véus da vida 

Vamos embora e  vamos  

Pegue as minhas mãos 

Vamos ser ninguém agora 

Mas juntos um feliz alguém 



Autora 

Isabel van Gurp


terça-feira, 16 de julho de 2024

Pedras

 



Há pedras no caminho, sim há muitas pedras no caminho


São encontradas no dia a dia


Algumas são jogadas contra


Outras a favor


Te desmontam


Te ferem, te magoam, te aniquilam


Reze uma Ave Maria


Guarde-as


Algumas batem e voltam


Outras ficam e outras caem


Outras são dissolvidas com o tempo


Outras são lavas


Explodem como vulcão nas nossas vidas


Escoadas constroem escudos e medos


Reze uma Ave Maria


Por isso, guarde-as


Algumas pedras são atiradas para desviar do caminho


Em metamorfose se faz o saber


Muitas delas semeiam o conhecer


Dentro do ventre tornando-se crias


E muitas vezes por conceber e então acolhe


E a semente planta


Um novo ser


Dissemina e entremeia


Em seus seios tornam-se em pedras de leite


Em banquete será uma ceia


E amamentarás uma boquinha faminta


Guarde as


Reze uma Ave Maria


As pedras que são lapidadas


Se tornam brilhante


As mais valiosas são dadas pela natureza


Do nascimento ao envelhecimento


Se tornam um diamante na estrada da vida


As pedras no caminho são e vão


Não importa se foram jogadas, atiradas, colhidas, plantadas, brotadas ou dadas


Porém, nunca atire a primeira pedra


Reze uma Ave Maria


Guarde-as


Todas


São com elas que você vai construir a fortaleza


Ou até um Império


Guarde uma por uma


Pois, são joias


Mesmo aquelas que te feriram


Que vieram como partículas quentes


Como poeira, gases, aerossóis ou areia


Ou mesmo como poluição ou cinza


Mas guarde uma por uma


Seja um alquimista


Pegue uma navalha


Esculpes as em diamantes


Cambie em riqueza do saber


As minhas pedras no meu caminho


Eu guardo todas em galeria


Pois será com elas que eu vou construir meu castelo


No entanto, rezo uma Ave Maria.





Autora:



Isabel van Gurp













terça-feira, 2 de maio de 2023

Nuvens

 




Ainda chove lá fora

Sinto o cheiro da terra molhada 

E os raios saem pela fresta das nuvens 

Num azul que pinta o céu escuro entre trovoadas  

Fico em silencio 

Escutando cada gota da tempestade 

ritmando os murmúrios das nevoas  

calando o canto dos pássaros

Que se  aninham nos seus ninhos 

E se protegem dos ventos 

Suas vidas 

Das rajadas repentinas do ar

E as incertezas das brumas 

No seu acalento esperando passar 

Me sinto um pássaro nesta noite 

Que na escuridão das  neblinas 

Me encolho no meu ninho 

Esperando a chuva passar 

Para que eu possa voar 

Para um novo dia de sol 


Autora: Isabel van Gurp


  


quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Raio de Luz

 



O silêncio me fez dormir 

Para vida 

Ouvi a brisa do vento 

Garoa, batendo na terra seca 

O cheiro da terra molhada 

Meu corpo aos poucos indo… 

Partindo…me deixando


No reflexo do espelho

Eu ainda era uma garota 

Tinha no colo um corpo franzino 

Que sugava de mim

O que  ainda restava  

De ser uma menina 

E aos poucos me tornei mulher

Meus seios enchiam de leite 

Senti meu corpo transformando 

Em deleite para uma boquinha faminta  

Mais uma vez 

Uma gravidez  

Outra vez,  mãe 

De um menino e uma menina 

Me realizei como mulher

Voei no tempo descalça

E os meus pés cru e soturno 

Me faziam decorrer  pela vida 

Pelos ares com as nuvens 

Que tornavam-se negras 

E traziam tempestades 

Inundavam meu corpo 

Com tanta força 

Que na jorrada d'aguas 

Me levam para o rio abaixo

Perdi raízes como as  árvores

Como as flores suas folhas

E as rosas suas pétalas  

Joguei sementes com naufrágio

Em águas turbulentas  

Gritei 

Preciso viver 

E tinha que deixar rastro 

Retornar 

Me agarrar no mastro 

Afundei meu corpo 

E alma inerte 

Para acumular energia e força 

Certeza da esperança 

E do meu eterno amante

Foi no seu olhar que eu vi ele balbuciar 

Levante! Levante! 

Abrir os olhos....

Ele não estava mais lá 

Somente nas minhas lembranças 

O silêncio me fez acordar

Sua voz ecoa nos meus pensamentos  

Para vida 

Ouvi a brisa do vento

Raio de luz

Garoa, batendo na terra seca

O cheiro da terra molhada 

Meu corpo aos poucos voando....

Sonhando e voltando

As sementes que ainda estavam no caminho 

Jogadas por mim 

Brotava jasmins 

Fazia o cheiro trazer a mim

A vida de um menino  

Peguei os grãos 

Do próprio fruto 

Germinei  no meu jardim

A semente chamei de Matheus  

E seguir a minha vida

Para ser feliz com os meus….






  


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Recomeço

Recomeço 

Eu não posso ter as lágrimas
No meu corpo
Sentindo as gotas
Pingando n'alma

Eu não posso...
         E nem quero….

Eu não vou  partir mais
Sem questionamentos
Sem adeus
E a metade de mim
Deixando nos cais

Eu não posso...
         E nem quero….

Não há abandono
Fuga ou despedida
Sem ao menos dizer adeus 
E ao mesmo tempo
Sem acenos

Eu não posso...
         E nem quero….

Embarco
Nos rumos em vão
Em contra partida
Deixando me levar  inconsciente
      Sente 
Em qualquer leme

Eu não posso...
         E nem quero….

Fugir fugir não...

Ter esta saída
Dentro de mim
Que me atormenta
E não me insensata
Dos meus pecados
Dos meus amores 
Não livra a minha dor
Nem do meu passado
Que balbúrdia as cores
do meu espírito
Já cansado
Eu não posso...
         E nem quero….
               Fingir

Eu preciso saber
Quem eu sou
Dentro deste contexto esquisito
Na imagem refletida
No espelho esfumaçado sem reflexo
Uma nuvem negra
Partículas de pó
Condensa a chuva
Para derramar o  temporal na terra
Sem do
         Sem guerra 

Eu não posso...
         E nem quero….

Se eu  partir
Devo perguntar
Aonde eu vou
Sem olhar para trás
         Sem remorsos 
Esperar um embarque
De cara limpa
Pedir  carona
Eu não sei ainda o destino
        Já é um recomeço 
Mas não vou às cegas
Sem saber o endereço
Que
importa é chegada
A certeza de me reencontrar
Preciso me levar inteira
Sem roupas
Inteiramente nua para o futuro
Isso se chama vida

Eu posso 
     Eu quero Viver! 
E, antes de tudo ser EU!

Autora: Isabel van Gurp

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

A Canoa chamada Brasil




Desrespeito! 


Em palavras

Em atos e fatos 

Uniforme desalinhado

Visão obscuras


O militar, 


Com as mãos  enferrujadas 

Lança ao mar Brasil 

Uma canoa  à deriva 

Desgovernado 


O Farsante,  


Sem respeito a história 

Os ventos sopram contra  

A liberdade e democracia 

Verdades e glória 


A realidade, 


Aos poucos se perde em redes 

Em turbilhão movimento sem destino  

Na mira das milícias  

A canoa se perde em mar adentro


Os ratos, 


Um inimigo sai do porão da ditadura 

Como os ratos 

Em  fúria arrogante, culpa dos gados  

Posto por azar em tempo de pandemia 

Fere em sangue corta alma 


Negacionismo, 


Jogam na mídia  Fake News! 

Ódio e os distúrbios 

Em migalhas alimenta a sordidez 

Para esconder sua incompetência  

E a falta de inteligência! E a insensatez!  


Respeito! 


No coração do título

Que não foi presente

Peço respeito pelos meus 

Pelos seus e do eleitor 

Dos ausentes 




As leis, 


Foi de massa e valentia 

Que nossos sentidos apreendem com um todo 

Foi com muita luta 

Na raça e sangue cada palavra escrita 

Nas páginas de um livro 

Que chama Constituição 


Companheiros,

 

O troféu da nossa conquista

São as  urnas e com ela democracia

Não Silenciem! 


Seguimos,  


Pela vida e o povo brasileiro 

Nos dias triste de pandemia 

Que fecha as casas com dor 

E as lamúrias

A solidão de todos nós 

Em vós e sós 


Dignidade,  


Essa é a palavra 

Pelo pleito, uniforme branco 

Em questão em juízo

A  ciência é a luz


Na escuridão, 

 

Os gritos furiosos declamam em nome da mentira

Mas não sentem  a penúria 

Triunfam em luto  

Em barganhas em troca do vil 

Por poder e dinheiro 

Esquecem os homens e as meninas

As crias

As mulheres, filhos e família 


Desprezível, 


A nossa bandeira arrasta em vergonha 

Formam  covil

Se escondem e negam a doença 

Com os perfis  de ratos

Salteadores,  traidores e incivil 

Com seus atributos

Envergonhariam até o  Judas

Usam o nome de Deus em blasfêmia 


Erro,  


No jogo que a lealdade não cabe na lei

Jogam ódio no símbolo

Aversão cerrado  

Para tombar a democracia

Discursos mentirosos 

Para desmerecer o proletariado 

Ameaçam o estado de direito  

Para desmerecer o voto, o nosso

O meu e seu do estado


História,  


Para esconder os anos

Em nome da lama

O massacre de um povo que os silenciou por medo

Usurparam o poder

Que sem direitos

Se escondeu atrás da ignorância

Em nome da Pátria

Pátria Brasil

Não podemos esquecer 

Quem foram eles 

Engalfinharam os corpos nos seus porões

E mataram sangue dos meus

Nós não fugimos 

Pedimos respeito como povo 

Lutamos

Enfrentamos  os ruídos de canhões

Com rosas

Com alma

E com a morte

Lutamos pela democracia e pela união 

Somos nós que fomos para batalha

Seguimos em frente

E a vitória desembarcou nas urnas


Ele NÃO! 


Essa combate perdemos a batalha 

Não podemos deixar 

Que cortem os nossos pulsos com navalha

 

Embarcação, 



Estamos em revelia 

Em mar aberto 

Oceano coberto de vírus e artérias

Em lamas e feras   

Em leitos 

Com a canoa  desgovernada  


Remamos sem remos 


E somos nós o filho e filha  desta terra

Verás que um filho teu não foge à luta

Somos Amazônia e o verde 

Distante da terra sentimos o fogo arder 

Mas com coração e alma fincado em ser


Presos um amor eterno

Ao povo brasileiro 

Seguimos na luta pela democracia e liberdade 

Nossa cultura, os artistas e arte 

Não vamos nos calar

Quando um golpe estupra o pleito

Voltamos a declamar

De peito aberto

Que estamos em luto 

Estamos de olhos aclamados, companheiros!

Este senhor Presidente 

Vai passar 

Como todos passaram 

E os bons ventos vão voltar 

Regresso 

E o nossa canoa vai estear 

A palavra tchau Bolsonaro. 


Autora: Isabel van Gurp




Colaboradores