Gravou a lança impiedosamente no corpo da inocente
Há dores que nunca se curam
Lembranças que nunca se apagam
Mas a chaga
Esta aberta para sempre
Não há remédio
Não há jeito
Para esquecer tantas tristezas
traumas e dramas
Melancolias
Noites de desespero
Um ódio que corroei lentamente o amor
Que desperta em uma inocente e seu corpo angelical brutalmente para dores do mundo
De uma lança
Que penetrava piedosamente no seu pequeno corpo que ainda estava em formação
Que mal sabia o que passava
Que era proibido
Que era pecado
Mas sentia nas mãos fortes
O domínio
Sem lutar
Sem questionar
Gravava cada momento deste suplicio
Deste destino
Desta crueldade
Que no seu coice
Das palavras indúcia
o pecado
Como se fosse carinho
De um olhar paternal
Nas noites
Escuras
Impuras
Lançava o seu desejo canibal
Estas noites
Estes dias não havia um pai
Mas sim um animal
Que se dizia um homem
Para chagas da vida
Para os males do mundo
Para maldade sem limite
Que deveria ser chamar
monstro mas usava a palavra pai
Que aos poucos apagou a alegria desta inocente
Desta criança
Desta menina
Dos pesadelos
Das sequelas
Da pele
Da alma
Nada sobrou
Nada ficou
Sem ser as noites mal dormidas
De uma crueldade sem igual
Que era cravada a lança nua
e crua impiedosamente no seu corpo inocente
Sem clemência
No seu próprio
Sangue
Não há remédio
Não há perdão
Há sempre um sangramento que não estanca nunca
Que jorra no seu corpo há mais triste história
do pecado de um homem e de uma mulher
Que para saciar o seu desejo
Bebe o seu próprio sangue
Não há perdão.....
Triste demais....
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