Que a liberdade ia chegar
O medo perdeu lugar
Para coragem
Os sonhos sufocados
No coração dessa gente
A sensação de ser livre
Começou bater mais forte
Os manifestos já escritos por essa gente
Encontrou espaço nos muros
E no ar
Abraçaram as ideias dessa gente
Seguiram sem medo em passeatas
E cada vez mais e mais gente
Quebravam o silêncio
E o mesmo sonho
Foram criando forças
Havia uma faixa de intolerância
Arrogância
Os homens de fardas
Perdendo as forças de armadas
Começaram a perder seu
Zigue zague
Para essa gente
Que tem sua cara pintada
No ato de suprimir perdia
Para flores
Com cores nas caras e alegria na alma
Inocentes que lutam pela igualdade
Pintavam seus rostos de utopias
O espaço começou ser substituído
Pelas rosas e pela música
Pela alegria
E as palavras de ordem
Passou ser de luta
Do ditador
Entrou no vocabulário
Nos discursos
Nas ideias
Que a liberdade chegava
Vestida de filosofia
Aos poucos as imagens proibidas iam chegando
Censura e crime
Passou se chamar democracia
Alegria e as caras pintadas
Surgiram através da luta
E a palavra
Igualdade começou a suar forte
Quem tinha perdido o seu sangue na luta
Mas que tinha retornado
Para contar sua história
Havia sim um movimento no ar
Uma mudança necessária
Os dias de luto
Perdeu feio para o
o palco da vida
Notável público
Que nunca desistiu