Me embalei nos gritos
Dos surdos das madrugadas
Na dança sem ritmo
Dos loucos asfixiados
Me entreguei por muito
Não voltei por nada
Desistir sem tentar
Sentir meu corpo
Voar pelo espaço
Minha mente estralando
Em mil pedaços
Não deixando rastros
Nem partículas do querer
Estava louco
Nem partículas do querer
Estava louco
Que ficou para trás
Foi muito pouco
O que sobrou de mim
Poucos sabem
Mas muito e pouco importa
Quem sou eu
Não sei talvez a perda dos rés
Nada sou...penso, enfim
Uma sombra numa estrada
Mesmo não sendo ninguém
Não sou mais dona de mim
Não sei talvez a perda dos rés
Nada sou...penso, enfim
Uma sombra numa estrada
Mesmo não sendo ninguém
Não sou mais dona de mim
Do remanescente de alguém
Desistir sem tentar
Me envolvi por aventurar
O que me prometeram
Numa viagem
Sem piloto
Sem ninguém
Sem ninguém
Do qual eu sabia
Te antemão
Que a última estação
Era no esgoto
Me embalei nos gritos
Dos viciados
Por alguns trocados
Migalhas de pô pela miséria
Da alheia sociedade
Me faz superior
Com poder absoluto do menos
Na alegria do meu luto
Quando embarcava
No vagão
Que me levava
Para ultima estação
Estação esgoto
Esparrela sem mim
Embora espedaçada
No vagão
Euforia do nada
Esparrela sem mim
Embora espedaçada
No vagão
Euforia do nada
autora: Isabel van Gurp
Esse poema eu dedico
A todos jovens que se entrega
no caminho que quase sem volta....
Há um grande amigo
Chamado Ricardo
que destruiu sua vida por causa das drogas....
Todas as mães, famílias que perderam seus filhos....para esse mal que eu chamo a pior droga do século
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