Se um dia eu perder a minha alma não busquem no céu, nem tão pouco no inferno, procurem a minha alma nas letras, que com certeza ela vai estar encurralada entre os versos que eu transformei em poesias....Isabel Cristina
sexta-feira, 3 de setembro de 2021
Recomeço
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
A Canoa chamada Brasil
Desrespeito!
Em palavras,
Em atos e fatos.
Uniforme desalinhado,
Visão obscura.
O militar,
Com as mãos enferrujadas,
Lança ao mar o Brasil,
Uma canoa à deriva,
Desgovernada.
O farsante,
Sem respeito à história,
Os ventos sopram contra
A liberdade e a democracia,
Verdades e glórias.
A realidade,
Aos poucos, se perde em redes,
Em turbilhão, movimento sem destino.
Na mira das milícias,
A canoa se perde mar adentro.
Os ratos,
Um inimigo sai do porão da ditadura,
Como os ratos,
Em fúria arrogante, culpa dos gados,
Posto por azar em tempo de pandemia.
Fere em sangue, corta a alma.
Negacionismo,
Jogam na mídia fake news!
Ódio e distúrbios,
Em migalhas alimentam a sordidez
Para esconder sua incompetência,
A falta de inteligência! E a insensatez!
Respeito!
No coração do título,
Que não foi presente.
Peço respeito pelos meus,
Pelos seus e pelo eleitor,
Pelos ausentes.
As leis,
Foram de massa e valentia
Que nossos sentidos aprenderam como um todo.
Foi com muita luta,
Na raça e no sangue,
Cada palavra escrita
Nas páginas de um livro
Que se chama Constituição.
Companheiros,
O troféu da nossa conquista
São as urnas, e com elas, a democracia.
Não silenciem!
Seguimos,
Pela vida e pelo povo brasileiro,
Nos dias tristes de pandemia,
Que fechou as casas com dor
E lamúrias,
A solidão de todos nós,
Em vós e sós.
Dignidade,
Essa é a palavra.
Pelo pleito, uniforme branco,
Em questão, em juízo.
A ciência é a luz
Na escuridão.
Os gritos furiosos declamam em nome da mentira,
Mas não sentem a penúria.
Triunfam em luto,
Em barganhas, em troca do vil,
Por poder e dinheiro.
Esquecem os homens e as meninas,
As crias,
As mulheres, filhos e famílias.
Desprezível,
Nossa bandeira arrasta-se em vergonha.
Formam covil,
Escondem-se e negam a doença
Com os perfis de ratos.
Salteadores, traidores e incivis,
Com seus atributos,
Envergonhariam até Judas.
Usam o nome de Deus em blasfêmia.
Erro,
No jogo em que a lealdade não cabe na lei.
Jogam ódio no símbolo,
Aversão cerrada
Para tombar a democracia.
Discursos mentirosos
Para desmerecer o proletariado.
Ameaçam o Estado de Direito
Para desmerecer o voto, o nosso,
O meu e o seu, do Estado.
História,
Para esconder os anos
Em nome da lama,
O massacre de um povo que silenciaram por medo.
Usurparam o poder
E, sem direitos,
Esconderam-se atrás da ignorância.
Em nome da Pátria,
Pátria Brasil,
Não podemos esquecer
Quem foram eles.
Engalfinharam os corpos nos seus porões
E mataram o sangue dos meus.
Nós não fugimos.
Pedimos respeito como povo.
Lutamos.
Enfrentamos os ruídos de canhões
Com rosas,
Com alma
E com a morte.
Lutamos pela democracia e pela união.
Somos nós que fomos para a batalha.
Seguimos em frente,
E a vitória desembarcou nas urnas.
Ele NÃO!
Essa batalha perdemos,
Mas não podemos deixar
Que cortem nossos pulsos com a navalha.
Embarcação,
Estamos à revelia,
Em mar aberto,
Oceano coberto de vírus e artérias,
Em lamas e feras,
Em leitos.
Com a canoa desgovernada,
Remamos sem remos,
E somos nós os filhos e filhas desta terra.
Verás que um filho teu não foge à luta!
Somos a Amazônia e o verde.
Distantes da terra, sentimos o fogo arder,
Mas com coração e alma fincados em ser,
Presos a um amor eterno
Ao povo brasileiro.
Seguimos na luta pela democracia e liberdade,
Pela nossa cultura, nossos artistas e arte.
Não vamos nos calar
Quando um golpe estupra o pleito.
Voltamos a declamar,
De peito aberto,
Que estamos em luto.
Estamos de olhos aclamados, companheiros!
Este senhor presidente
Vai passar,
Como todos passaram,
E os bons ventos vão voltar.
Regresso.
E nossa canoa vai estrear
A palavra:
Tchau, Bolsonaro.
Autora: Isabel van Gurp
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