segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

A Canoa chamada Brasil




Desrespeito! 


Em palavras

Em atos e fatos 

Uniforme desalinhado

Visão obscuras


O militar, 


Com as mãos  enferrujadas 

Lança ao mar Brasil 

Uma canoa  à deriva 

Desgovernado 


O Farsante,  


Sem respeito a história 

Os ventos sopram contra  

A liberdade e democracia 

Verdades e glória 


A realidade, 


Aos poucos se perde em redes 

Em turbilhão movimento sem destino  

Na mira das milícias  

A canoa se perde em mar adentro


Os ratos, 


Um inimigo sai do porão da ditadura 

Como os ratos 

Em  fúria arrogante, culpa dos gados  

Posto por azar em tempo de pandemia 

Fere em sangue corta alma 


Negacionismo, 


Jogam na mídia  Fake News! 

Ódio e os distúrbios 

Em migalhas alimenta a sordidez 

Para esconder sua incompetência  

E a falta de inteligência! E a insensatez!  


Respeito! 


No coração do título

Que não foi presente

Peço respeito pelos meus 

Pelos seus e do eleitor 

Dos ausentes 




As leis, 


Foi de massa e valentia 

Que nossos sentidos apreendem com um todo 

Foi com muita luta 

Na raça e sangue cada palavra escrita 

Nas páginas de um livro 

Que chama Constituição 


Companheiros,

 

O troféu da nossa conquista

São as  urnas e com ela democracia

Não Silenciem! 


Seguimos,  


Pela vida e o povo brasileiro 

Nos dias triste de pandemia 

Que fecha as casas com dor 

E as lamúrias

A solidão de todos nós 

Em vós e sós 


Dignidade,  


Essa é a palavra 

Pelo pleito, uniforme branco 

Em questão em juízo

A  ciência é a luz


Na escuridão, 

 

Os gritos furiosos declamam em nome da mentira

Mas não sentem  a penúria 

Triunfam em luto  

Em barganhas em troca do vil 

Por poder e dinheiro 

Esquecem os homens e as meninas

As crias

As mulheres, filhos e família 


Desprezível, 


A nossa bandeira arrasta em vergonha 

Formam  covil

Se escondem e negam a doença 

Com os perfis  de ratos

Salteadores,  traidores e incivil 

Com seus atributos

Envergonhariam até o  Judas

Usam o nome de Deus em blasfêmia 


Erro,  


No jogo que a lealdade não cabe na lei

Jogam ódio no símbolo

Aversão cerrado  

Para tombar a democracia

Discursos mentirosos 

Para desmerecer o proletariado 

Ameaçam o estado de direito  

Para desmerecer o voto, o nosso

O meu e seu do estado


História,  


Para esconder os anos

Em nome da lama

O massacre de um povo que os silenciou por medo

Usurparam o poder

Que sem direitos

Se escondeu atrás da ignorância

Em nome da Pátria

Pátria Brasil

Não podemos esquecer 

Quem foram eles 

Engalfinharam os corpos nos seus porões

E mataram sangue dos meus

Nós não fugimos 

Pedimos respeito como povo 

Lutamos

Enfrentamos  os ruídos de canhões

Com rosas

Com alma

E com a morte

Lutamos pela democracia e pela união 

Somos nós que fomos para batalha

Seguimos em frente

E a vitória desembarcou nas urnas


Ele NÃO! 


Essa combate perdemos a batalha 

Não podemos deixar 

Que cortem os nossos pulsos com navalha

 

Embarcação, 



Estamos em revelia 

Em mar aberto 

Oceano coberto de vírus e artérias

Em lamas e feras   

Em leitos 

Com a canoa  desgovernada  


Remamos sem remos 


E somos nós o filho e filha  desta terra

Verás que um filho teu não foge à luta

Somos Amazônia e o verde 

Distante da terra sentimos o fogo arder 

Mas com coração e alma fincado em ser


Presos um amor eterno

Ao povo brasileiro 

Seguimos na luta pela democracia e liberdade 

Nossa cultura, os artistas e arte 

Não vamos nos calar

Quando um golpe estupra o pleito

Voltamos a declamar

De peito aberto

Que estamos em luto 

Estamos de olhos aclamados, companheiros!

Este senhor Presidente 

Vai passar 

Como todos passaram 

E os bons ventos vão voltar 

Regresso 

E o nossa canoa vai estear 

A palavra tchau Bolsonaro. 


Autora: Isabel van Gurp




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