Desrespeito!
Em palavras
Em atos e fatos
Uniforme desalinhado
Visão obscuras
O militar,
Com as mãos enferrujadas
Lança ao mar Brasil
Uma canoa à deriva
Desgovernado
O Farsante,
Sem respeito a história
Os ventos sopram contra
A liberdade e democracia
Verdades e glória
A realidade,
Aos poucos se perde em redes
Em turbilhão movimento sem destino
Na mira das milícias
A canoa se perde em mar adentro
Os ratos,
Um inimigo sai do porão da ditadura
Como os ratos
Em fúria arrogante, culpa dos gados
Posto por azar em tempo de pandemia
Fere em sangue corta alma
Negacionismo,
Jogam na mídia Fake News!
Ódio e os distúrbios
Em migalhas alimenta a sordidez
Para esconder sua incompetência
E a falta de inteligência! E a insensatez!
Respeito!
No coração do título
Que não foi presente
Peço respeito pelos meus
Pelos seus e do eleitor
Dos ausentes
As leis,
Foi de massa e valentia
Que nossos sentidos apreendem com um todo
Foi com muita luta
Na raça e sangue cada palavra escrita
Nas páginas de um livro
Que chama Constituição
Companheiros,
O troféu da nossa conquista
São as urnas e com ela democracia
Não Silenciem!
Seguimos,
Pela vida e o povo brasileiro
Nos dias triste de pandemia
Que fecha as casas com dor
E as lamúrias
A solidão de todos nós
Em vós e sós
Dignidade,
Essa é a palavra
Pelo pleito, uniforme branco
Em questão em juízo
A ciência é a luz
Na escuridão,
Os gritos furiosos declamam em nome da mentira
Mas não sentem a penúria
Triunfam em luto
Em barganhas em troca do vil
Por poder e dinheiro
Esquecem os homens e as meninas
As crias
As mulheres, filhos e família
Desprezível,
A nossa bandeira arrasta em vergonha
Formam covil
Se escondem e negam a doença
Com os perfis de ratos
Salteadores, traidores e incivil
Com seus atributos
Envergonhariam até o Judas
Usam o nome de Deus em blasfêmia
Erro,
No jogo que a lealdade não cabe na lei
Jogam ódio no símbolo
Aversão cerrado
Para tombar a democracia
Discursos mentirosos
Para desmerecer o proletariado
Ameaçam o estado de direito
Para desmerecer o voto, o nosso
O meu e seu do estado
História,
Para esconder os anos
Em nome da lama
O massacre de um povo que os silenciou por medo
Usurparam o poder
Que sem direitos
Se escondeu atrás da ignorância
Em nome da Pátria
Pátria Brasil
Não podemos esquecer
Quem foram eles
Engalfinharam os corpos nos seus porões
E mataram sangue dos meus
Nós não fugimos
Pedimos respeito como povo
Lutamos
Enfrentamos os ruídos de canhões
Com rosas
Com alma
E com a morte
Lutamos pela democracia e pela união
Somos nós que fomos para batalha
Seguimos em frente
E a vitória desembarcou nas urnas
Ele NÃO!
Essa combate perdemos a batalha
Não podemos deixar
Que cortem os nossos pulsos com navalha
Embarcação,
Estamos em revelia
Em mar aberto
Oceano coberto de vírus e artérias
Em lamas e feras
Em leitos
Com a canoa desgovernada
Remamos sem remos
E somos nós o filho e filha desta terra
Verás que um filho teu não foge à luta
Somos Amazônia e o verde
Distante da terra sentimos o fogo arder
Mas com coração e alma fincado em ser
Presos um amor eterno
Ao povo brasileiro
Seguimos na luta pela democracia e liberdade
Nossa cultura, os artistas e arte
Não vamos nos calar
Quando um golpe estupra o pleito
Voltamos a declamar
De peito aberto
Que estamos em luto
Estamos de olhos aclamados, companheiros!
Este senhor Presidente
Vai passar
Como todos passaram
E os bons ventos vão voltar
Regresso
E o nossa canoa vai estear
A palavra tchau Bolsonaro.
Autora: Isabel van Gurp
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