Meio século de vida
não me trouxe sabedoria,
nem me vestiu de arrogância.
Continuo aprendendo
as lições que a vida oferece,
sigo em frente
porque é preciso.
Às vezes,
tenho vontade de voltar no tempo,
rever amigos,
pessoas,
histórias
que perdi nas estradas da vida.
Às vezes, queria parar o tempo
com uma varinha mágica,
estar de novo nos lugares
que eu fui feliz.
Às vezes, queria não ter saído de casa,
ficar no casulo
para não perder o colo.
Meio século...
nada significa.
Tudo passa.
Quis esquecer situações
algumas aprendi,
outras chorei,
umas desnecessárias,
outras me fizeram feliz.
Em tantas, protestei.
Mas em todas vivi.
Esses momentos nos moldam,
nos fazem gente.
Essa gente que carrego em mim.
Das dores que mais sofri,
a maior foi a dor que pari.
E dela, esqueci,
quando olhei para meus filhos
que nasceram de mim.
O que sei é tão pouco
o pouco de um louco.
Mas a vida é isso:
de louco,
todo mundo tem um pouco.
Entre erros e acertos,
a vida nos faz sublimes.
E o ato de viver
não é um filme,
porque histórias reais
não têm The End.
A vida segue
de pais para filhos,
de filhos para pais,
no ciclo que nunca cessa.
Tenho tanto ainda a aprender,
como todos, como todas.
E, mesmo assim,
cometo os mesmos erros
bobos, pequenos, humanos.
Meio século nada significa.
Porque tudo passa,
e quase nada fica.
Nem as lições,
nem as dores,
nem o tempo.
Às vezes quero ser menina,
poucas vezes mulher.
Mas já sei,
e sei tão pouco,
que quando aprendo a ser gente
sou poeta.

Ao longo dos séculos, existe uma ligação entre os anéis das cidades dos Paises Baixos e o Reino Holandês. A maioria dos príncipes oferece premios para jogos (aneis de corridas de cavalos) em Middelburg, Vrouwenpolder e Westkapelle. William V, que visitou em 1786 Domburg, entrega duas medalhas de ouro para os vencedores . E assim a tradição sobrevive até hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário