Auete
Em Homenagem à Consciência Negra
(por Isabel van Gurp)
Hoje é dia da Consciência Negra no Brasil.
Mas poderia e deveria
ser o dia da consciência humana.
Deixo aqui minha homenagem,
em forma de poesia,
a todos que vieram antes de nós,
aos que lutaram,
e aos que ainda resistem.
Bantu
um dos idiomas da Angola,
linguagem ancestral,
cheia de ritmo, fé e sabedoria.
Seria também o idioma do Brasil,
se não tivesse sido banido pela dor,
silenciado pela força,
e apagado pela história
que tentou calar a voz de um povo.
Mas a voz Bantu vive
nas mãos que dançam o tambor,
nas palavras que resistem no português,
no axé que corre nas veias,
e na memória que não morre.
Hoje, e sempre,
celebramos não só a cor,
mas a herança,
a alma,
e a força que construiu este país.
autora: Isabel van Gurp
O termo Bantu (ou Banto) designa um grande grupo linguístico e cultural da África Central e Austral incluindo povos de Angola, Congo, Moçambique e outros.
As línguas bantu foram trazidas ao Brasil durante a escravidão, especialmente com os povos kikongo, kimbundu e umbundu, que influenciaram fortemente o português falado no Brasil (palavras como cafuné, caçula, quitanda, fubá vêm dessas línguas).
Embora a cultura Bantu tenha sido reprimida durante o período colonial, suas expressões sobreviveram nos cultos afro-brasileiros, na música, na culinária e na oralidade popular.

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