quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Janela da Vida





Há cores da vida 

Que enobrece o rosto 

São olhos que é janela d'alma 

Que emitem som 

Sem palavras 

Irradia o espírito 

Pelo tom


Vejo azul 

Como céu, o mar 

A calma e o paraíso 

E lava alma 

Sinto paz 

Em teu olhar 

Mergulho no sorriso 


Leio as palavras 

Que passam pela boca 

Mas prefiro olhar 

Alma que reflete na retina 

E um arco íris 

Tão intenso 

Puro e colorido 

Como de uma menina 

Lava alma e florido 

Escondido atrás do véu

Da virgindade a calma 


No relance encontro por um segundo 

A cor da mata 

Os desígnios do mistério

Do perigo 

Que esconde nas pálpebras 

O verde ocular 

Corre como um animal felino 

No interior 

De um menino 


Encontro nos olhos negros 

A incerteza da vida e busca do além

Resposta de um povo 

A miséria da história 

Luta lenta da vitória 

Os negros Vivem 


Viajo pelo corpo de uma mulher 

Sinto o vermelho da luxúria 

Me reencontro no reflexo do  espelho 

As lágrimas que caem 

Dos meus olhos são de medo 


O que eu tem mais receio 

Quando  olho o amarelo 

Nos fundo d'alma e no seio

Dizem familiar

Me vejo com temor de atravessar

Tenha cuidado com as palavras

Liberte-se!


Passo a passo à vista 

Aprendo olhar nos olhos 

Para enxergar alma 

Entender os sinais do fogo 

Os códigos da vida 

No semblante dos brancos

Dos Negros, dos pardos, dos índios

Dos humanos.


Autora: Isabel van Gurp



 





 


    
  

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