terça-feira, 13 de maio de 2014

Cumplicidade de agô

Um dos lugares mais lindo da Holanda
Keukenhof 

Foi quase uma missão impossível selecionar as fotos mais bonitas de Keukenhof , mas tentei escolher o que mais gostei. Entre tantas fotos que fotografei. Esse lugar é tão incrível, com beleza que retira o folego de quem é apaixonada pelas tulipas e pelas flores. 





No silêncio da história

Calar-te teus pensamentos

Designou-se fechar os olhos

Trancou a porta

Fingiu não ver

Não questionou

Ficou inatingível

Inerte e indulgente 

E sem licença

Foi conveniente  

Com ar de superioridade não perguntou

Quem iria pagar a  conta

E pouco se importou com o troco

Não quis ouvir falar do prejuízo

Que crescia com as indiferenças do poder

E nem foi lá  pagar para ver

Para quem eram dadas as migalhas

Dos restos dos teus pratos

Que eram limpos pelos olhos da fome

Sofrido pela carne

A prisão nos teus muros eram propícios

De uma realidade que crescia na sua frente

De costas virada para obra que era a cimentada entre as dissensões

enquanto bebia seu whisky

Mas desde que não passa-se na tua calçada

E não sujasse o  teu chão manipulado pelas cores das diferenças

Que cresciam entre as multidões 

Mas era bom ter janela  limpa pela flanelinha

E tão muito cômodo ter uma escrava no dia-dia 

E alguns centavos pagassem a sujeira do jogo livre

Sem regras assim que a última cartada fosses a tua

Mas havia um abismo no vão do olhar

E nas frestas que olhava com ar de superioridade

Havia um mundo entre nós

Que  misturavam-se em pontes de distâncias

Mas cresciam nas tuas barbas

Que não monta na garupa e nem dar anca

E, tão pouco não se esbarrar  nas escolas e nem nos plays 

Mas se tocavam nas poeiras das praias

Que compravam e vendiam o mesmo pô 

Aonde todos tem seu preço no mercado isento 

Das diferenças entre dois mundos que tão próximos

se encontravam no asfalto desabrigado 

Pela voz que nunca quiseste a igualdade  mas de quem se perdeu pelas divergências

Paga agora um preço alto 

O medo da violência

E nosso pagamento são as vidas 

Que se perdem neste jogo de negligência. 



Autora: Isabel van Gurp













































 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Êxtase





Que me escondam as minhas palavras 
Entre seus lábios
Que desvaneçam meus desejos 
Entre seu corpo 
Aonde realizo meu delírio 
Me entrego sem medo 
Entre suas fantasias 
Que meu orgasmo 
Chegue no êxtase
Entre seu gozo
Que eu permaneça no paraíso
Entre seus braços 
Que nossa cama guarde os nossos segredos 
Entre quatros paredes 
Que as nossas noites sejam longas e insaciáveis 
Nos lençóis que cobrem
Os momentos de loucura 
e sem pudor 

Entre a entrega do desejo e a paixão 
Entre as nossas vidas 
Entre ti
Entre meu corpo e as minhas entranhas 
Que o nosso dia 
comece depois de uma interminável 
Noite de amor  

     autora: Isabel van Gurp

sábado, 3 de maio de 2014

Amadurecer sem magia


Um dos lugares mais fantásticos na Holanda, é o Efteling. Um lugar mágico que todos contos se encontram, sorrisos e alegria. No Efteling você recebe o ingresso para ser criança novamente. A magia está nos campos, nas atrações do parque, no teatro, no carrossel mas esta mesmo dentro de nós quando podemos ser anjos novamente. 







Somos todos Reis e Rainhas

Quando essência é grande

O sangue é azul em nossas veias vermelhas

Correm  e descobrem 

Somos nobres 

Sublimes por descendência

Somos Pessoas

E a nossa herança e a grandeza da alma

O título de honra

E a vida  


Quando ainda meninas somos princesas e príncipes

Que constroem os castelos de areia

No faz de conta

De brincadeira

Somos puramente felizes com nossos sonhos e esperanças

Nunca tornamos adultos

Para sempre ser crianças na identidade

Igualdade de ser 


Mas, eu ouvi...

Que muitos anos muitos anos atrás

No mal dia

Uma bruxa muito má

Jogou uma praga em todas as crianças do Reino Terra

Que elas iam se tornar todos adultas para sempre

E o brasão infantil e ia desaparecer nos seus corações 

Quando se tornassem pessoas adultas 

E assim, amaldiçoou todos os súditos

Com a praga de perder a pureza da criança 

Com essa maldição deixamos de ver a pureza

A beleza

Em pequenos gestos

Esquecemos o encantamento de uma borboleta que voa ao redor no jardim

Não olhamos mais para as flores que morrem seguindo o ciclo da vida

No entanto, quando se tornarmos maduros para sempre não falarmos mais com anjos

Que sempre vem quando  ainda  somos curumins

Nem brincamos mais com os espíritos que estão sempre perto da inocência

Perdemos o sorriso sem culpa

Vendemos alma por pouco e não olharmos mais a estrelamim

Em noites de lua cheia

Quando fadas passam  pelas casas 

Abençoando todos com toque de magia

Teremos as nossas portas encerradas

Elas não poderão tocar as nossas almas e passarão direto sem forçar a tranca dos nossos sentimentos

E tão por pouco não podemos chorar sem motivos

E nas lágrimas escondemos com medo de ser fracos

E somos débil por não ter coragem de mostrar os nossas fraquezas e angústias

Que é tão comum em vidas individuais 

Em momentos de solidão

Contam que 

água cristalina que toda criança é

Será bebida por um monstro aos poucos até ela se tornar um homem ou uma mulher

Na porção da bruxa havia também a maldade

A maldade seria o pior castigo dos males

Que carregaríamos dentro de nós

E, assim

Esquecemos o amor puro que nascem em todos e permanecem ainda quando somos anjos

Tanto assim terá poder das palavras

será capacidade de machucar uns aos outros

Poucos terão a expressão do perdão

Ódio será  uma erva que vai ser plantada na vida

Não ficaremos felizes com pequenos detalhes, com pequenos ganhos, e nem tão pouco

simples gestos e o sorriso se perderia com os problemas

No meio da estrada da vida

Sempre desconfiamos das histórias das carochinhas

O balanço não ia nós atrair mais como acontece quando somos crianças

Nem mesmo  balanço da vida

De dar e receber 

E muito menos um jardim com escorregador

Porquê teríamos medo de cair

E, assim

Não seríamos  mais capazes de abraçar e falar a palavra amor

Por vergonha de se apaixonar

E carinho será uma coisa rara e às vezes cara

No entanto, 

Eu ouvi falar que ia uma fada para acentuar a maldição

Deu uma chance a humanidade

Daria todas as princesas o poder de ser mãe,

Gerar um filho daria a chance ela

Reencontrar o amor sublime

Nos seus bastardos fora dos seus ventres

Seriam amados com a mesma intensidade

Esse amor tão nobre quanto um autocrata e absoluto seria uma arma para quebrar o feitiço

E as mães que não seriam de sangue teriam o poder de amar pelo coração

Que foi dado para sempre pela uma fada madrinha

a humanidade

O afeto mais verdadeiro a da maternidade.  

E dizem que o homem que conseguisse manter esse amor materno 

Teria para sempre alma de uma criança. 



autora: Isabel van Gurp

























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