
Vou cruzando meu caminho
Em pontos,
Traçando meu mapa.
Em cada esquina,
Faço um conto.
E penso nas fadas,
Para sublinhar os desencontros.
Acentuo, em reflexo,
As brincadeiras do destino,
As causalidades dos reencontros.
Busco no nó
O fio perdido.
Cuidadosamente, emendo
Os traços dos pontos.
E ponto por ponto,
Eu remendo.
Faço um manto.
Feito de rendas —
E, às vezes, de trapos.
Ou na bainha de cetim,
Para sentir os brilhos em mim.
Uma colcha de retalhos
Sublinhada com laços.
E a cada passo, encontro:
Um chão,
Um fio,
Um mapa.
Meu destino,
Feito pelas minhas mãos.
E minha vida, enfim,
Costurada com espaço
Dentro do
Atlas de mim.
Autora: Isabel van Gurp
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