Assim, me reencontro
E assim,
me reencontrei
no teu olhar.
Como?
Na gota do sol,
no brilho da chuva.
És minha alma gêmea,
a quem venero
em todas as vidas.
Como?
Com teu toque
que me faz fêmea,
enraizas em mim
a terra-mãe,
florificando meu solo,
desabrochando…
Como?
Em prosas,
como rosa aérea.
Tu me fazes mulher.
Eu te faço homem.
Como?
Com uma prece pagã,
nas noites ensolaradas
de nosso aconchego,
onde o calor se dissolve
entre os lençóis.
Me apego
gritando, gemendo, amando.
O tempo dança sobre a pele,
as bocas queimam em gemidos,
desejos que não se apagam
murmúrios entre gritos
que se arrastam pelos pergaminhos
da nossa cama,
para sussurrar:
Te amo.
Riscos e risos
de corpos dançantes,
Como?
Com meu corpo
que escreve na tua pele
o que minha boca
não ousa dizer
em suspiros,
que dançam no escuro.
Segredos que queimam em giros,
apagam as fogueiras das entranhas
e reacendem nas artimanhas.
E então,
assim,
me reencontro.
Autora: Isabel van Gurp
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