terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Entre o céu e a terra

Entre o céu e a Terra

Nada dos dias 
Diferentes do que eram 
Do que ficam 
Do que vem 
Do que foram

                                          sem asa 

Os  espíritos me levam para montanha
Me fazem sonhar
Em cada sonho vive entidades 
Que voa pelo azul do céu
Forradas por um tapete branco
                                      
Nos alpes 
A busca das estrelas
Em cada cume vivem almas
Se encontra a paz
Enleva e calma  
                                    sem asa 

Viveram entre o céu e a terra
Que caminham  pela neve 
Branca e cintilante 
Pelas pedras cinzas e  lisas
Maduras e escaldantes 
Os espíritos passam sobre mim 
Como gaviões que levam  corpos
Para um lugar bem distante 

Para conquistar  heroínas e heróis
Saltam em lendas
Para mais alto nível da terra 
A busca de Ngama 
Deus africano 
Ali está o meu reencontro comigo mesma
Da onde eu vim
Quem sou eu 
Encontro deuses e me pergunto 
Porquê partir e voei para longe
                                   sem asa  
Desencontrei a Awa
Quando eu pensei que ela morava em mim

Mas ela ficou nos apogeus distantes 
Minha alma buscou o espírito da terra
O sol  
Voa sobre asa do vento
Levada por alguma pena
Mergulhava na calma cama branca das aves
Para ver o sol nascente do mais alto nível do planeta 
Eu vôo sempre
Todas as noites 
Para buscar em mim
Uma saudade que nunca parte

Nada dos dias 
Diferentes do que eram 
Do que ficam 
Do que vem 
Do que foram
Eu sempre vôo nas noites 
                                    
                                sem asas 

Pelas montanhas forradas por um tapete branco
Para buscar a minha alma 
Que o gavião jogou nos altos 
Meu corpo deixou cair 
Uma queda sem fim…
                                                  sem asa 
Devo dizer sem mim...
Que sempre quer voltar para casa
  

autora: Isabel van Gurp















  











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