quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Bem te vi

Hoje acordei enrolado com a minha tortura
Queria embriagar-me com a minha dor
Não quero ver o sol
Com certeza deve estar brilhando
Indiferente a minha angustia
La fora os pássaros voam
Bem te vi canta
Bem te vi
Bem te vi
Encanta
Sinto meu corpo pesado
Ao despertar o dia
As lágrimas secaram
Que foram derramadas pela longa noite
Em lua cheia
Diante da minha dor 
Não quero nem ouvi-lo
O bem te vi 
Tudo em minha volta é triste
Melancólico 
Não tenho razão para viver
Estou enrolado com o meu próprio sofrimento
Não há nada que me tire desta escuridão
Nem mesmo o sol
Que resplandece lá fora
Trazendo vida
Nos campos floridos
Depois da chuva
Sempre aparece 
O arco iris que com sua vivacidade 
Dá o tom de beleza no  campo
Repleto de cores e lendas
E vaidoso
Voa o bem te vi  
Com sua música eterna
Bem te vi...
Bem te vi
Trazendo vida 
Alegria e harmonia na natureza
Será que o mundo não percebe 
A minha dor
Será que o bem te vi não pode 
parar por um momento para ver o meu sofrimento
O arco iris deixa de ser colorido
Para ser cinzento como eu 
O mar parar de bater suas ondas nas areias
Prender o sol quando ele  se por no horizonte
Não deixar o sol mais  nascer 
E nem tão pouco brilhar
no outro dia seguinte
O rio não desaguar suas águas doces no mar
O vento para de assoprar 
O bem te vi parar de cantar e ser triste como eu
Bem te vi...bem te vi
Se todos compartilharem do meu sofrimento
Se entregar a minha angustia
Talvez eu não me sinto tão infeliz
Em saber que a vida não continua
Quando estou enrolada com a minha dor
Hoje acordei com a minha tortura
Sabendo que a terra continuará a girar
A chuva continuará molhar os campos
As plantas continuaram nascer
E o arco iris brilhará em algum lugar
E o bem te vi 
Continua assobiar 
Bem te vi...bem te vi



autora: Isabel van Gurp








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