terça-feira, 15 de agosto de 2017

Do ser






Roma


Do ser
Sinto o sal da terra
Escorrendo pela minha face,
Com o suor do meu corpo
Que me expressa.

Do estar
A energia do vento,
A brisa do mar,
Movem as hélices
Nos encontros das cores 
No preto e branco,
Na alegria solar,
Entre o sol e a lua
No eclipse lunar.

Do querer
Flora a vida
Onde ele passa.
O rio desabrocha no coração:
Água no sangue,
O sêmen do órgão
E da paixão.

Do ficar
Sinto aroma
No cheiro das flores
Que me ama.
Dentro dos amores,
Encontro vidas
Na cama.

Do sentir
Flora a vida
Onde ele passa.
O rio desabrocha no coração:
Água no sangue,
O sêmen do órgão.

Do ter
Esperam o nascimento
Ao romper em jorro,
Num ato fragmentado,
De entrega,
De lampejos 
Em coro.

Do ver
Semente da fauna
Bombardeia a vida
Em turbilhão,
Em cadeia,
Contada em milhões.
Impertinente

No gozo do ser.



Autora: Isabel van Gurp










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