sábado, 19 de abril de 2025

Em cena

 

Completos ou Incompletos

Com acertos e erros,
Oceano de qualidades e defeitos,
Sem limites,
Com mais e menos,
Menos e mais,
Somos atores
Nos teatros da vida.

Nos mares,
Em terra,
Em cenas e matérias,
Fazemos arte com as mãos,
Na altura de um som,
Que aprendemos, com o tempo,
A abaixar ou aumentar o volume 

Às vezes, a desligar.

O que não mata, cura,
Ensina e some.
E depois consome.

Somos personagens das nossas próprias histórias,
Que representamos nos palcos da vida.
Espelhos da essência
Na alma da gente,
Cristalina e pura,
Na água reflete
As imagens do sol incidente,
O tom do nosso corpo,
Ingredientes da perfeição.

Fórmulas
Da natureza
Que, por sorte,
São únicas,
Num perfume excepcional.

Entre tantos milhões no mundo,
Não há, não existe a mesma tonalidade,
Nem o mesmo cheiro,
Nem mesmo da mesma raça, família ou dos mesmos genes.

Somos seres humanos diferentes — por sorte.

Permitimo-nos, às vezes,
Caminhar pelas mesmas estradas da vida,
Mas cada qual
Com sua própria sina,
Que foi entregue...

Só não posso dizer por quem...

Talvez pela mão da vida,
Talvez pelo sopro dos ventos,
Ou quem sabe,
Pelo simples mistério de existir.

E assim seguimos:
Completos ou incompletos,
Erros e acertos,
Luz e sombra —

Mas, sempre,
maravilhosamente únicos.


Autora: Isabel van Gurp



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