domingo, 22 de janeiro de 2012

Caras pintadas




Correu pela boca dessa gente
Que a liberdade ia chegar 
O medo perdeu lugar 
Para coragem
Os sonhos sufocados 
Começou a borbulhar
No coração dessa gente
A sensação de ser livre
Começou bater mais forte 
Os manifestos já escritos por essa gente
Encontrou espaço nos muros
Nas ruas, nas calçadas
E no ar
Os passantes perceberam a euforia
Abraçaram as ideias dessa gente
Seguiram sem medo em passeatas
E cada vez mais e mais gente
Sem hesitar
Quebravam o silêncio 
E o mesmo sonho
E  o mesmo ideal 
Foram criando forças
Havia uma faixa de intolerância
Arrogância
Os homens de fardas
Perdendo as forças de armadas
Começaram a perder seu
Zigue zague 
Para essa gente 
Que tem sua cara pintada
Nas suas  armas não haviam mais pólvora
No ato de suprimir perdia
Para  flores
Com cores nas caras e alegria na alma
Inocentes que lutam pela igualdade 
Pintavam seus rostos de utopias 
O  espaço começou ser substituído 
Pelas rosas e pela música
Pela alegria
E as palavras de ordem 
Passou ser de luta
Do ditador
Ser de prosas
Entrou no vocabulário 
Nos discursos
Nas ideias
Que a  liberdade chegava
Vestida de filosofia  
Aos poucos as imagens proibidas  iam chegando
O que era opressão
Censura e crime
Passou se chamar democracia
Alegria e as  caras pintadas
Surgiram através da luta
E a palavra
Igualdade começou a suar forte
Nos palanques choravam
Quem tinha perdido o seu sangue na luta
Mas que tinha retornado 
Para contar sua história 
Havia sim um movimento no ar
Uma mudança necessária
Os dias de luto
Da cortina fechada
Que era de ferro
Perdeu feio para o 
o palco da vida
Estava abrindo para o 
Notável público
Que nunca desistiu 
De ser livre
Correu pela boca dessa gente
Que a liberdade já chegou
Ela esta entre nós
Caras pintadas

autora: Isabel van Gurp

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