Sonho
O céu nos aproxima
Encontramos as nossas almas perdidas
Que voam pelas brisas
Nas caladas das noites
Pelas surdinas e esquinas
E infernos são encontros das vidas
Entre os sonhos e pecados
Escutamos músicas e sinos
Cantados pelos anjos em glória
E as campainhas tocadas pelos demônios
Nossas almas dançam e se encontram
E se amam e caem na luxúria
Quando os nossos corpos voam
Tornam se animais em cio
Se encantam e aumentam libido
Buscam o perfume exóticos em vícios
O gozo pela vida e blasfêmia
Misturando-se ao vento
Acalento em afago
Passando pelas chuvas
Lavando os nossos pecados
Que sopra a brisa para o mar
As nossas almas voam na cama
Que se escondem com medo das gotas
Do suor e chama
E as tuas mãos no meu ventre
O sexo tem odor de ser
Pecado
Que passa sempre pela minha jornada
Como se fosse a primeira vez
Misturando-se ao vento
Acalento em afago
Gosto do agrado
Como as estrelas eu me escondi da chuva
Com medo de me molhar
Da censura
Fugi das nuvens
Arreganhei ao sol
Para sentir a cólera
Da tara
Entreguei aos sonhos
Olhei para o céu
Para dormir
Vôo para te encontrar
O teu olhar sempre
Misturo ao vento
Acalento em afago
Me tornei uma estrela cadente
Que em noites escuras e sem nuvens caia
Uma indecente
Para me tornar uma sereia
Que nada ao cair no mar
Pelada
Durmo olhando para céu
Me masturbo pensando em ti
Para poder sonhar com teu olhar
Misturando-se ao vento
Acalento em afago
Gozo
Apago
Autora: Isabel van Gurp
Nenhum comentário:
Postar um comentário