quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Fenômeno

Fenômeno

As cores são as mais belas, 
Talvez as mais puras, 
Não existem censuras 
A natureza tira roupa
Fica vermelha
Amarela
Se perde para o vento
Termina um ciclo 
As folhas já mortas 
Abandonam seus caules
Para seguir com fenômeno
Desnua-se diante do frio

As arvores dormem peladas

Talvez por vergonha
Recolhem-se
Nas noites caladas
Hibernam para seguir a vida
O ciclo
Preferem perder as cores para brisa

Nos fins das tardes
Imigram os pássaros 
Vem a tempestade
E com elas levam as folhas por ai
Para seguir os destinos 
Como as plantas que repousam 
E as abelhas que fogem para suas colmeias 
Expulsando seus machos 
Que vão se reencontrar por ai 
Alguns ficam 
Outros dormem nos seus ninhos
E outros se vão 
Alguns esperam 
E outros morrem 
Para dar espaços as outras vidas 
As outras folhas
Brotos 
Um novo ciclo
Que vai nascer verde 
No próximo fenômeno  da vida
Na  primavera
Que tem as cores mais belas 
Talvez as mais puras
Não existem censuras
A natureza veste a roupa 
Fica vermelha
Amarela
Se perde para o sol 
Começa um novo ciclo da vida






  autora: Isabel van Gurp




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