Vou cruzando meu caminho
Em pontos,
Traçando meu mapa.
Em cada esquina,
Faço um conto.
E penso nas fadas,
Para sublinhar os desencontros
E acentuar, em reflexo,
As brincadeiras do destino,
As causalidades dos reencontros.
Busco, no nó,
O fio perdido.
Cuidadosamente, emendo
Os traços dos pontos.
E ponto por ponto,
Faço um manto —
Uma colcha de retalhos,
Sublinhada com laços.
E a cada passo, encontro:
Um chão,
Um fio,
Um mapa.
Meu destino,
Feito pelas minhas mãos.
Cada passo que a gente dá costura um pedaço do que somos.
Às vezes, seguimos pontos invisíveis…
outras vezes, pegamos de volta um fio perdido e recomeçamos.
A vida é bordada por nossas mãos
Ponto por ponto, conto por conto.
Aqui está o meu
Depois eu conto.
Autora: Isabel van Gurp
Interessante seu blogue. Uma poesia calma e tranquila que nos leva a certo Nirvana, embora tenhamos ainda os pés no chão.
ResponderExcluirDeus Carmo, há muito tempo que eu não entrava no meu blog. Fiquei tão feliz com seu comentário....você não pode imaginar. Eu precisava ouvir isso e ler isso obrigada muito obrigada.
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