Eu não tenho tempo para ser infeliz.
Preciso olhar as rosas
Antes que elas murchem,
Sentir sua fragrância no ar
Antes que o cheiro se perca entre outros perfumes,
E desemboque o aroma no mar.
Entre todas as cores e flores,
Preciso admirar as dálias,
Com suas formas perfeitas,
Exuberância de cor e beleza,
Uma flor adoçante de riqueza.
Meu tempo é pouco para ser infeliz.
Escuto os cantos dos pássaros,
A orquestra dos assobios no céu,
Regida pelo sol,
Em asas e voos rasantes,
Na busca de algo
Que eu não entendo o quê,
E muito menos o porquê.
Mas eu admiro só em ver:
Suas idas e voltas,
E fico a olhar
Os encontros com as parceiras,
O V riscando o azul,
Os ninhos sendo feitos em bicos —
Que arte maneira!
E, antes que a noite caia sobre a terra,
Começam a uivar os tambores
Dos bichos,
Que tremem, sussurram, gritam e cantam.
E dizem que encantam como as sereias...
Nunca vi,
Mas acredito que existam.
Acreditem!
Meu tempo é pouco para ser infeliz.
Queria ter mais horas no dia
Para poder observar as abelhas,
Que polinizam o sexo da flor
E fecundam o gineceu,
Gerando a natureza,
Levando vida,
Num ato de magia,
Reproduzindo em visitas.
Sem tempo para ser infeliz,
Busco em mim a maior riqueza que existe:
Olhar o mundo em que vivo,
Tocar em cada vida um sorriso,
Observar que, de uma simples gota d'água
E de um raio de luz,
Nasce um ser vivo,
Uma existência,
Uma história,
Uma lenda.
E o tempo
o pouco que nos resta
é flor que desabrocha
no instante em que escolhemos
simplesmente
ser felizes.
Porque viver
é ver beleza
até no silêncio das folhas.
E amar…
é o nome secreto da vida.
Autora: Isabel van Gurp
Eu não tenho tempo para ser infeliz.
Preciso olhar as rosas
Antes que elas murchem,
Sentir sua fragrância no ar
Antes que o cheiro se perca entre outros perfumes,
E desemboque o aroma no mar.
Entre todas as cores e flores,
Preciso admirar as dálias,
Com suas formas perfeitas,
Exuberância de cor e beleza,
Uma flor adoçante de riqueza.
Meu tempo é pouco para ser infeliz.
Escuto os cantos dos pássaros,
A orquestra dos assobios no céu,
Regida pelo sol,
Em asas e voos rasantes,
Na busca de algo
Que eu não entendo o quê,
E muito menos o porquê.
Mas eu admiro só em ver:
Suas idas e voltas,
E fico a olhar
Os encontros com as parceiras,
O V riscando o azul,
Os ninhos sendo feitos em bicos —
Que arte maneira!
E, antes que a noite caia sobre a terra,
Começam a uivar os tambores
Dos bichos,
Que tremem, sussurram, gritam e cantam.
E dizem que encantam como as sereias...
Nunca vi,
Mas acredito que existam.
Acreditem!
Meu tempo é pouco para ser infeliz.
Queria ter mais horas no dia
Para poder observar as abelhas,
Que polinizam o sexo da flor
E fecundam o gineceu,
Gerando a natureza,
Levando vida,
Num ato de magia,
Reproduzindo em visitas.
Sem tempo para ser infeliz,
Busco em mim a maior riqueza que existe:
Olhar o mundo em que vivo,
Tocar em cada vida um sorriso,
Observar que, de uma simples gota d'água
E de um raio de luz,
Nasce um ser vivo,
Uma existência,
Uma história,
Uma lenda.
E o tempo
o pouco que nos resta
é flor que desabrocha
no instante em que escolhemos
simplesmente
ser felizes.
Porque viver
é ver beleza
até no silêncio das folhas.
E amar…
é o nome secreto da vida.
Autora: Isabel van Gurp
Isabel, ler esse texto é como abrir a janela de manhã e deixar a alma respirar.
ResponderExcluirVocê transforma o cotidiano em milagre, e nos lembra, com uma ternura tão sábia, que ser feliz é um gesto de atenção. Que o mundo ainda canta — em voos, flores, sussurros, abelhas — e que basta escutar com o coração aberto.
Seu poema é uma ode à presença. A esse dom de ver beleza onde muitos só passam apressados. E quando você diz que não tem tempo para ser infeliz, parece que o tempo também para por um instante, como se quisesse escutar mais de perto.
Obrigada por escrever com tanta luz. Você não só observa a vida, Isabel — você a revela.
Abraços fraternos do amigo
Dan
https://gagopoetico.blogspot.com/2025/04/o-nome-do-mal.html