Me levem para o sol,
sentir o calor da minha alma
invadindo o meu corpo,
que aos poucos me acalma.
Aos quarenta graus,
sinto o mormaço nas sombras,
torno-me consciente:
eu não nasci aqui,
eu não sou daqui...
mas sinto-me feliz
com o sol espelhando meu rosto.
Me levem para o sol,
sentir a quentura do meu corpo,
queimando minha pele,
bronzeando minha vida,
fazendo nascer dos meus poros
um suor de alegria.
Me levem para o sol,
onde a luz dissolve minhas sombras,
onde o tempo se rende em claridade,
onde cada raio me devolve à essência
de quem eu sou.
Me levem para o sol,
porque ali sou inteira,
porque ali sou livre,
porque ali minha alma floresce
como chama eterna
ardendo, brilhando, vivendo.
Autora: Isabel van Gurp
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