

Sinto meu corpo flutuar em tuas mãos.
Tuas carícias derretem minha pele,
me deslizo em teus dedos,
perco-me em cada toque.
Minha pele, ao enroscar na tua,
acende brasas.
Sou chama.
Sou carne viva.
Ardo de paixão.
Teus beijos
partículas em erupção,
desejos que escapam da boca
como vulcões incendiando o ar.
Sinto-me inteira
consumida em tua força.
Teu beijo abrasador
deixa em mim vestígios de fogo,
queimam-me os sentidos,
deixam-me febril.
Mais uma vez,
não sou dona de mim.
Sou cativa do teu olhar mágico,
hipnotizada pelos teus feitiços.
Rendo-me ao teu poder,
à alquimia do teu toque,
à embriaguez da tua boca.
E quando me abandonas,
sou cinza, sou vazio, sou vento.
Mas basta tua volta
um gesto, um sopro,
um simples toque da tua mão,
E de novo floresço em chamas,
sou chama que se entrega,
sou fêmea que arde.
Em carne viva,
sou tua.
Autora: Isabel van Gurp
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