segunda-feira, 26 de maio de 2025

Depois dos Cinquenta


Aprendi a ser gente

depois dos cinquenta.

Quando deslacei a vida
e, no baú das palavras,
encontrei…

A palavra mãe,
e a grandeza dos atos.
A minha questão de ser.
No meu entender...
ser gente.

Encontrei a palavra orgulho
— depois dos cinquenta —
e pude, enfim, compreender
o que é ser mulher.

Encontrei a palavra coragem
e entendi o valor de saber
perder ou ganhar
e seguir em frente,
sem medo,
porque a vida
ensina a vontade de ser.

Encontrei, sem medo e sem covardia,
os fantasmas que me perseguiam.
Em passos longos pela estrada,
olhei para todos
e os enfrentei com audácia.

Encontrei inspiração.
Depois dos cinquenta,
senti-me livre
para ser menina de novo.

Olhei no espelho,
e contemplei minha beleza
a beleza de ser mulher.

Encontrei a palavra beleza
gravada na minha pele,
na minha essência.

Minha natureza me ensina
a viver feliz comigo mesma,
pois no meu corpo encontro
a resposta de quem sou:

uma mulher inteira,
depois dos cinquenta.

E no fundo do baú,
a palavra mais preciosa…
A que mais amei encontrar:

Amar.

Porque aprendi
finalmente
a me amar,
sempre.

Autora: Isabel van Gurp


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