sábado, 10 de maio de 2025

Caminhos

 




Dei passos incertos

Por estradas que eu mesma desenhei.

Sem mapa,
Sem certeza,
Mas com coragem no peito
E vontade nos pés.

Caminhei em dias de tempestade.
A chuva jorrava sem trégua,
E a lama cobria meus passos.
Afundei.
Perdi vitórias
Que demorei a construir.

Mas o tempo,
Esse velho companheiro,
Me ensinou:
Nem tudo que se vai
É perda.

Não precisei marcar a volta com pedras,
Nem guardar os erros em caixas.
Descobri que não é preciso olhar para trás
Pra saber que sobrevivi.

Seguir em frente
Virou oração.
Silenciosa,
Feita de passos firmes
E alma limpa.

Agora caminho leve,
Rumo ao sol.
E aprendi,
No fim de tudo:

Ser feliz
É, às vezes,
Simplesmente seguir.



Autora: Isabel van Gurp

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